Colesterol: novos limites variam conforme o risco de eventos cardiovasculares
Entenda as novas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia
Neste ultimo final de semana
aconteceu no Rio de Janeiro o Congresso da Sociedade Brasileira de
Cardiologia.
Esse congresso é muito esperado pelo lançamento das novas
diretrizes, que são orientações criadas em consenso por especialistas na
área para guiar o tratamento de diversas doenças.
A mais esperada foi a
V diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção de Aterosclerose,
que já é anunciada há muito tempo e ainda não tinha sido lançada.
Mas a
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) já adiantou os pontos chave e o
enfoque das novas orientações, que estão voltadas para prevenção e
estratificação de risco em pessoas comuns, não afetadas pelas doenças.
No limite!
O primeiro passo é a avaliação do
risco. Isso é feito por meio de escores, que somam pontos baseados no
exame físico e historia do paciente. As pontuações foram divididas entre
alto risco, baixo risco e risco intermediário:
Lembre-se: o cuidado preventivo é a chave para uma vida longa e saudável
- Alto risco: pessoas com doença aterosclerótica (infarto, acidente vascular cerebral, obstrução arterial, claudicação intermitente), cirurgia de revascularização prévia, diabetes, doença renal crônica e hipercolesterolemia familiar.
- Baixo risco: pessoas que tem uma probabilidade menor que 5% em dez anos de acontecer um evento cardiovascular. Aqueles considerados de baixo risco, mas que tenham parentes de primeiro grau com doença prematura, passam a ser considerados de risco intermediário.
- Risco intermediário: mulheres com 5 e 10% de chances de sofrer um evento cardiovascular em dez anos e homens que tenham de 5 a 20% de probabilidade.
Dentro disso, a presença de fatores
agravantes automaticamente torna o risco mais elevado. Esses fatores
podem ser encontrados em exames de imagem (ultrassonografia das
carótidas, ecocardiograma e tomografia de coração), exames laboratoriais
(sangue e urina) e medidas clínicas. Depois da avaliação, o tratamento é
adequado ao risco da pessoa. Quanto maior o risco, mais agressivo o
tratamento.
E o colesterol?
O principal foco do tratamento para diminuir o risco de doenças cardiovasculares é o colesterol LDL,
que está diretamente relacionado a eventos cardíacos - quanto mais alta
a taxa, maior o risco de complicações.
O colesterol LDL responde
relativamente pouco a mudanças de estilo de vida (que não devem ser
abandonadas, já que essas medidas em si já reduzem o risco cardíaco
independente da contagem de colesterol).
Então, dieta e remédios são
mais eficazes na redução dessa substância no organismo.
Pensando na
relação entre colesterol alto e eventos cardiovasculares, as novas
diretrizes apresentam diferenças nos limites de colesterol entre pessoas
com diferentes riscos:
- Pacientes de alto risco: LDL abaixo de 70 mg/dL
- Pacientes de risco intermediário: LDL abaixo de 100 mg/dL
- Pacientes com baixo risco devem ter seus limites de colesterol individualizados pelo médico.
Além do colesterol, o nível de
triglicerídeos no sangue também é determinante no risco cardíaco. No
entanto, ao contrário do primeiro, esse responde muito bem à dieta e
pratica de exercícios para ter as taxas controladas, sendo rara a
necessidade de associação de remédios. Por isso lembre-se: o cuidado
preventivo é a chave para uma vida longa e saudável.
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/16874-colesterol-novos-limites-variam-conforme-o-risco-de-eventos-cardiovasculares?utm_source=news_mv&utm_medium=ciclos&utm_campaign=colesterol
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