Refrigerantes podem favorecer artrite reumatoide em mulheres
Estudo mostra que ingerir bebida uma ou mais vezes por dia já aumenta o risco
Mulheres que bebem um ou mais refrigerantes açucarados por dia podem aumentar o seu risco de sofrer com a artrite reumatoide, de acordo com um novo estudo feito na Universidade de Harvard (EUA) e financiado pelo National Institutes of Health. Os resultados foram apresentados no American College of Rheumatology, que aconteceu entre 28 de outubro e 01 de novembro. O trabalho, entretanto, não estabelece uma relação de causa e efeito, sendo necessárias mais pesquisas para comprovar a relação.
A equipe analisou dados de dois grandes estudos de enfermeiros, que avaliaram dietas e outros aspectos da vida dos participantes por décadas. Eles olharam para a dieta e outras informações de saúde de cerca de 173 mil mulheres em dois períodos de tempo diferentes. A cada quatro anos, as mulheres relataram quantas bebidas açucaradas bebiam. Isto incluiu refrigerantes à base de cola com açúcar, refrigerantes sem cafeína e refrigerantes que não eram de cola. Refrigerantes diet não foram incluídos.
Segundo os cientistas, a forma como o estudo foi feito tem limitações, pois as pessoas muitas vezes não se lembram com precisão o que comiam ou bebiam no passado. O próximo passo é detalhar fatores de risco genéticos e ambientais e levá-los em conta nos estudo futuros. Estes resultados devem ser considerados preliminares, pois ainda não foram revisados e publicados. A relação encontrada no estudo não significa que refrigerantes causam artrite reumatoide, afirmam os pesquisadores, apenas mostras que beber refrigerantes pode refletir em outros hábitos de vida conhecidas para aumentar o risco da doença, como tabagismo.
Adote uma dieta poderosa contra artrite
Bastante chata, a artrite ainda não tem cura. O incômodo para se movimentar, que começa suave e vai se agravando até tornar um martírio o esforço para pegar um livro na estante ou se levantar de uma cadeira, é causado pela inflamação das articulações. "Em geral, o problema surge associado a traumas, desgastes, distúrbios autoimunes ou infecções", explica o reumatologista Geraldo Castelar, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). O acompanhamento médico e a adesão aos cuidados, no entanto, permitem ao paciente levar uma vida normal, sem dores ou limitações físicas. O cenário ideal inclui diagnóstico precoce, prática de exercícios físicos leves ou de fisioterapia em casos menos agudos e alguns ajustes na dieta. "O principal deles é o consumo de alimentos fontes de ômega-3, ácido graxo com ação anti-inflamatória", afirma o médico. Veja como deixar suas refeições mais nutritivas e proteger seu organismo contra os sintomas doloridos da artrite reumatóide.